Aluna do LIP conquista 3.º lugar no concurso “3 Minutos de Tese”
"Íris Damião foi premiada por trabalho sobre imparcialidade nos motores de busca e plataformas digitais. "
A aluna de doutoramento Íris Damião, membro do grupo SPAC do LIP, conquistou o 3.º lugar na final da 3.ª edição do concurso “3 Minutos de Tese” da Universidade de Lisboa. O evento, que desafia jovens investigadores a apresentar os seus projetos de doutoramento em apenas três minutos, decorreu no passado dia 22 de maio, no Pavilhão de Portugal, em Lisboa.
A apresentação de Íris centrou-se na neutralidade - ou falta dela - dos motores de busca e plataformas digitais como o Google, o Bing ou o ChatGPT. O seu trabalho procura perceber se os resultados devolvidos por estas ferramentas são de facto imparciais ou se influenciam os utilizadores com base em perfis personalizados, reforçando bolhas de informação. Para isso, recorre a uma abordagem inovadora com bots programados para simular diferentes perfis de utilizadores e analisar, em simultâneo, os resultados devolvidos para as mesmas pesquisas.
O projeto integra-se nas linhas de investigação do grupo SPAC do LIP que utiliza ferramentas computacionais em larga escala para estudar desafios societais complexos. Com uma abordagem multidisciplinar que cruza física, ciência de dados e inteligência artificial, o grupo foca-se em temas como a dinâmica de doenças, comportamento humano e políticas públicas, procurando também antecipar os riscos éticos destas tecnologias e propor orientações responsáveis para o seu uso.
O concurso, promovido pela Universidade de Lisboa em parceria com o jornal PÚBLICO e a Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), premiou os três melhores projetos entre mais de uma dezena de finalistas. O primeiro lugar foi atribuído a Patrícia Bernardo, estudante de doutoramento da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Lisboa, com um projeto para criar produtos cárneos compostos por infusões de ervas. O segundo lugar do pódio foi para Ana Sofia Carmo, estudante de doutoramento do Instituto Superior Técnico, cujo projeto tem como objetivo prever crises epiléticas. Os vencedores foram selecionados por um júri composto por investigadores e especialistas em comunicação de ciência.
[Fotos: © André Farias Filipe, ULisboa]
A participação de Íris no concurso evidencia a relevância da investigação desenvolvida no LIP, nomeadamente na área emergente da ciência da complexidade e da chamada “física social”, onde os métodos da física estatística e de partículas são aplicados para estudar fenómenos sociais e cognitivos.
Parabéns Íris, pela distinção!