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Notícias de Cloud

CERN/LIP-ECO | 26 Maio, 2020

"A experiência CLOUD do CERN revelou recentemente um novo mecanismo gerador de smog. Os resultados foram publicados na revista Nature"


Os episódios de smog nas cidades no Inverno ocorrem quando novas partículas de aerosóis se formam no ar poluído preso por baixo de uma inversão de temperatura. O ar mais quente acima da inversão inibe a convecção, fazendo com que a camada poluída permaneça e cresça perto do solo. No entanto, o mecanismo de formação de aerossóis adicionais era até agora desconhecido, uma vez que estes deviam ser rapidamente destruídos por colisões com aerossóis pré-existentes. No novo estudo, os cientistas de CLOUD investigaram o papel da amónia e do ácido nítrico em concentrações atmosféricas. Os resultados mostram que pequenas inomogeneidades nas concentrações de amónia e ácido nítrico podem levar a taxas de crescimento de partículas 100 vezes superiores às anteriormente observadas, mas apenas em pequenos jactos. Estas taxas de crescimento ultra-rápidas são suficientes para que as partículas recém-formadas não sejam destruíds por partículas pré-existentes. O resultado final é um episódio de poluição atmosférica densa com um número elevado de partículas.

Embora as emissões globais de amónia sejam dominadas pela agricultura, nas cidades a presença de amónia e ácido nítrico é sobretudo devida aos veículos. “Embora a emissão de óxidos de nitrogénio seja regulada, as emissões de amónia não são, e podem até estar a aumentar, com os mais recentes conversores catalíticos usados em veículos a gasolina e a diesel. O nosso estudo mostra que regular as emissões de amónia dos veículos pode contribuir para reduzir a poluição urbana ”, conclui Jasper Kirkby, responsável da experiência CLOUD. Os resultados agora publicados na Nature podem ajudar a informar políticas para reduzir a poluição atmosférica.

É de notar que a experiência tem participação portuguesa: António Amorim (CENTRA e FCUL) e António Tomé (CLOUD usa uma câmara de nevoeiro especial para recriar os diversos aspectos da atmosfera da Terra, com controlo preciso das condições. Os raios cósmicos também podem influenciar a formação de aerossóis, e suas contribuições são estudadas variando a intensidade de um feixe de piões do Proton Synchrotron do CERN, que passa pela câmara.

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